terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC
Biografia de Allan Kardec
Hyppolyte Leon Denizard Rivail (Allan Kardec), nasceu em 3 de outubro de 1804, em Lion, França. Ele era filho de um juiz, Jean Baptiste-Antoine Rivail, e sua mãe chamava-se Jeanne Louise Duhamel.
O professor Rivail fez em Lion os seus primeiros estudos e completou em seguida a sua bagagem escolar, em Yverdun (Suíça), com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou um dos mais eminentes discípulos, colaborador inteligente e dedicado. Aplicou-se, de todo o coração, à propaganda do sistema de educação que exerceu tão grande influência sobre a reforma dos estudos na França e na Alemanha. Muitíssimas vezes, quando Pestalozzi era chamado pelos governos, para fundar institutos semelhantes ao de Yverdun, confiava a Denizard Rivail o encargo de o substituir na direção da sua escola. Linguista insigne, conhecia a fundo e falava corretamente o alemão, o inglês, o italiano e o espanhol; conhecia também o holandês, e podia facilmente exprimir-se nesta língua. Membro de várias sociedades sábias, notadamente da Academia Real de Arras, foi autor de numerosas obras de educação, dentre as quais podemos citar:
· Plano Proposto para o Melhoramento da Instrução Pública (1828);
· Curso Teórico e Prático de Aritmética, segundo o método Pestalozzi, para uso dos professores e mães de família (1829);
· Gramática Francesa Clássica (1831);
· Manual para Exames de Capacidade ; Solucões Racionais de Questões e problemas de Aritmética e Geometria (1846);
· Catecismo Gramatical da Língua Francesa (1848);
· Programas de cursos Ordinários de Física, Química, Astronomia e Fisiologia, que professava no Liceu Polimático;
· Ditados normais dos exames da Prefeitura e da Sorbone, acompanhados de Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849).
Além das obras didáticas, Rivail também fazia contabilidade de casas comerciais, passando então a ter uma vida tranquila em termos monetários. Seu nome era conhecido e respeitado e muitas de suas obras foram adotadas pela Universidade de França. No mundo literário, conhece a culta professora Amélia Gabrielle Boudet, com quem contrai matrimônio, no dia 6 de fevereiro de 1832.
Em 1854, através de um amigo chamado Fortier, o professor Denizard ouve falar pela primeira vez sobre os fenômenos das mesas girantes, em moda nos salões europeus, desde a explosão dos fenômenos espíritas em 1848, na cidadezinha de Hydesville nos Estados Unidos, com as irmãs Fox. No ano seguinte, se interessou mais pelo assunto, pois soube tratar-se de intervenção dos Espíritos, informação dada pelo sr. Carlotti, seu amigo há 25 anos. Depois de algum tempo, em maio de 1855, ele foi convidado para participar de uma dessas reuniões, pelo Sr. Pâtier, um homem muito sério e instruído. O professor era um grande estudioso do magnetismo e aceitou participar, pensando tratar-se de fenômenos ligados ao assunto. Após algumas sessões, começou a questionar para descobrir uma resposta lógica que pudesse explicar o fato de objetos inertes emitirem mensagens inteligentes. Admirava-se com as manifestações, pois parecia-lhe que por detrás delas havia uma causa inteligente responsável pelos movimentos. Resolveu investigar, pois desconfiou que atrás daqueles fenômenos estava como que a revelação de uma nova lei.
As "forças invisíveis" que se manifestavam nas sessões de mesas falantes diziam que eram as almas de homens que já haviam vivido na Terra. O Codificador intrigava-se mais e mais. Num desses trabalhos, uma mensagem foi destinada especificamente a ele. Um Espírito chamado Verdade disse-lhe que tinha uma importante missão a desenvolver. Daria vida a uma nova doutrina filosófica, científica e religiosa. Kardec afirmou que não se achava um homem digno de uma tarefa de tal envergadura, mas que sendo o escolhido, tudo faria para desempenhar com sucesso as obrigações de que fora incumbido.
Allan Kardec iniciou sua observação e estudo dos fenômenos espíritas, com o entusiasmo próprio das criaturas amadurecidas e racionais, mas sua primeira atitude é a de ceticismo: "Eu crerei quando vir, e quando conseguirem provar-me que uma mesa dispõe de cérebro e nervos, e que pode se tornar sonâmbula; até que isso se dê, dêem-me a permissão de não enxergar nisso mais que um conto para provocar o sono".
Depois da estranheza e da descrença inicial, Rivail começa a cogitar seriamente na validade de tais fenômenos e continua em seus estudos e observações, mais e mais convencido da seriedade do que estava presenciando. Eis o que ele nos relata: "De repente encontrava-me no meio de um fato esdrúxulo, contrário, à primeira vista, às leis da natureza, ocorrendo em presença de pessoas honradas e dignas de fé. Mas a idéia de uma mesa falante ainda não cabia em minha mente".
O desenvolvimento da Codificação Espírita basicamente teve início na residência da família Baudin, no ano de 1855. Na casa havia duas moças que eram médiuns. Tratava-se de Julie e Caroline Baudin, de 14 e 16 anos, respectivamente. Através da "cesta-pião", um mecanismo parecido com as mesas girantes, Kardec fazia perguntas aos Espíritos desencarnados, que as respondiam por meio da escrita mediúnica. À medida que as perguntas do professor iam sendo respondidas, ele percebia que ali se desenhava o corpo de uma doutrina e se preparou para publicar o que mais tarde se transformou na primeira obra da Codificação Espírita.
A forma pela qual os Espíritos se comunicavam no princípio era através da cesta-pião que tinha um lápis em seu centro. As mãos das médiuns eram colocadas nas bordas, de forma que os movimentos involuntários, provocados pelos Espíritos, produzissem a escrita. Com o tempo, a cesta foi substituída pelas mãos dos médiuns, dando origem à conhecida psicografia. Das consultas feitas aos Espíritos, nasceu "O Livro dos Espíritos", lançado em 18 de abril de 1857, descortinando para o mundo todo um horizonte de possibilidades no campo do conhecimento.
A partir daí, Allan Kardec dedicou-se intensivamente ao trabalho de expansão e divulgação da Boa Nova. Viajou 693 léguas, visitou vinte cidades e assistiu mais de 50 reuniões doutrinárias de Espiritismo.
Pelo seu profundo e inexcedível amor ao bem e à verdade, Allan Kardec edificou para todo o sempre o maior monumento de sabedoria que a Humanidade poderia ambicionar, desvendando os grandes mistérios da vida, do destino e da dor, pela compreensão racional e positiva das múltiplas existências, tudo à luz meridiana dos postulados do Cristianismo.
Filho de pais católicos, Allan Kardec foi criado no Protestantismo, mas não abraçou nenhuma dessas religiões, preferindo situar-se na posição de livre pensador e homem de análise. Compungia-lhe a rigidez do dogma que o afastava das concepções religiosas. O excessivo simbolismo das teologias e ortodoxias, tornava-o incompatível com os princípios da fé cega.
Situado nessa posição, em face de uma vida intelectual absorvente, foi o homem de ponderação, de caráter ilibado e de saber profundo, despertado para o exame das manifestações das chamadas mesas girantes. A esse tempo o mundo estava voltado, em sua curiosidade, para os inúmeros fatos psíquicos que, por toda a parte, se registravam e que, pouco depois, culminaram no advento da altamente consoladora doutrina que recebeu o nome de Espiritismo, tendo como seu codificador, o educador emérito e imortal de Lyon.
O Espiritismo não era, entretanto, criação do homem e sim uma revelação divina à Humanidade para a defesa dos postulados legados pelo Rabi da Galiléia, numa quadra em que o materialismo avassalador conquistava as mais brilhantes inteligências e os cérebros proeminentes da Europa e das Américas.
A codificação da Doutrina Espírita colocou Kardec na galeria dos grandes missionários e benfeitores da Humanidade. A sua obra é um acontecimento tão extraordinário como a Revolução Francesa. Esta estabeleceu os direitos do homem dentro da sociedade, aquela instituiu os liames do homem com o universo, deu-lhe as chaves dos mistérios que assoberbavam os homens, dentre eles o problema da chamada morte, os quais até então não haviam sido equacionados pelas religiões. A missão do mestre, como havia sido prognosticada pelo Espírito de Verdade, era de escolhos e perigos, pois ela não seria apenas de codificar, mas principalmente de abalar e transformar a Humanidade. A missão foi-lhe tão árdua que, em nota de 1o. de janeiro de 1867, Kardec referia-se as ingratidões de amigos, a ódios de inimigos, a injúrias e a calúnias de elementos fanatizados. Entretanto, ele jamais esmoreceu diante da tarefa.
O seu pseudônimo, Allan Kardec, tem a seguinte origem: Uma noite, o Espírito que se autodenominava Z, deu-lhe, por um médium, uma comunicação toda pessoal, na qual lhe dizia, entre outras coisas, tê-lo conhecido em uma precedente existência, quando, ao tempo dos Druidas, viviam juntos nas Gálias. Ele se chamava, então, Allan Kardec, e, como a amizade que lhe havia votado só fazia aumentar, prometia-lhe esse Espírito secundá-lo na tarefa muito importante a que ele era chamado, e que facilmente levaria a termo. No momento de publicar o Livro dos Espíritos, o autor ficou muito embaraçado em resolver como o assinaria, se com o seu nome -Denizard-Hippolyte-Léon Rivail, ou com um pseudônimo. Sendo o seu nome muito conhecido do mundo científico, em virtude dos seus trabalhos anteriores, e podendo originar uma confusão, talvez mesmo prejudicar o êxito do empreendimento, ele adotou o alvitre de o assinar com o nome de Allan Kardec, pseudônimo que adotou definitivamente.
Livros que escreveu :
· O Livro dos Espíritos (1857)
· O que é o Espiritismo (1959)
· O Livro dos Médiuns (1861)
· O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864)
· O Céu e o Inferno (1865)
· A Gênese (1868)
· Obras Póstumas (1890)
Em 1º de Janeiro de 1858 o missionário lionês publicou o primeiro número da Revista Espírita, que serviu como poderoso auxiliar para o desenvolvimento de seus trabalhos, trabalho que desenvolveu sem interrupção por 12 anos, até sua morte. Deve figurar na sua relação de obras, não só por ter estado sob sua direção até 1869, como também porque as suas páginas expressam o pensamento e a ação do Codificador do Espiritismo.
Em 1º de abril de 1858, Allan Kardec fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas - SPEE, que tinha por objetivo o estudo de todos os fenômenos relativos às manifestações espíritas e suas aplicações às ciências morais, físicas, históricas e psicológicas.
De 1855 a 1869, Allan Kardec consagrou sua existência ao Espiritismo. Sob a assistência dos Espíritos Superiores, representando o Espírito de Verdade, estabeleceu a Doutrina Espírita e trouxe aos homens o Consolador Prometido.
O Codificador desencarnou em Paris, no dia 31 de março de 1869, aos 65 anos de idade. Em seu tumulo está escrito : "Nascer, Morrer, Renascer ainda e Progredir sem cessar, tal é a Lei. "
Cronologia de Hippolyte Léon Denizarde Rivail (1804-1869)
1804 – Nasce em Lyon na França em 3 de outubro Hippolyte Léon Denizard Rivail
1815 – Rivail é enviado pelos pais ao Instituto de Yverdon, na Suiça sob a responsabilidade de João Henrique Pestalozzi.
1819 – Desempenha no Instituto a função de submestre.
1822 – Retorna a Paris e vai residir na rua de La Harpe, 117.
1823 – Em 1º de fevereiro foi relacionado na “Bibliographie de la France, o prospecto intitulado: “Cours Pratique et Théorique D’Arithmétique, d’après les principes de Pestalozzi, avec des modifications” assinado por H.L.D. Rivail.
Tem seus interesses voltados para o Magnetismo e toma parte ativa nos trabalhos da Sociedade de Magnetismo de Paris.
1825 – Começa a dirigir a “Escola de Primeiro Grau” fundada por ele em Paris.
1826 – Surge em Paris, à rua de Sévres nº 35, a “Instituição Rivail”, que era um instituto técnico.
1828 – Em junho publica o “Plan proposé pour l’amélioration de l’éducation publique”. Neste ano Rivail residia a rua de Vaugirard nº 65.
1831 – Publica uma “Mémoire sur l’instruction publique” e a sua “Grammaire Française Classique sur um nouveau plan”.
Neste ano participa de um concurso promovido pela Academia Real das Ciências de Arrás, no qual saiu vencedor com o trabalho “Mémoire sur cette question: Quel est le système d’études le plus en harmonie avec les besoins de l’époque?”.
1832 – Casa-se em 9 de fevereiro com Amélie-Gabrielle Boudet e passaram a residir na rua de Sèvres nº 35.
1834 – Último ano de funcionamento da “Instituição Rivail”.
1835 – Trabalha como contabilista de casas comerciais e dedica-se a preparação de cursos.
Neste ano passa a ministrar cursos gratuitos a alunos pobres em sua residência.
1847 – Publicação do opúsculo “Projet de réforme concernant les examens et les maisons d’education des jeunes personnes(...)”
1848 – Aparece o “Catéchisme grammatical de la langue française”.
1849 – Publicação do “Dictées normale des exames”.
1850 – Em 26 de janeiro publica “Dictées du premiere âge” e em 13 de abril o “Dictées du second âge”.
1854 – Por duas vezes encontra-se com seu amigo, o Sr. Fortier e ouve falar sobre as mesas girantes.
1855 – Encontra-se com seu velho amigo o Sr. Carlotti, que lhe fala da intervenção dos Espíritos no fenômeno das mesas girantes.
Em maio vai a casa da sonâmbula Sra. Roger, em companhia do Sr. Fortier, onde é convidado para assistir a uma reunião na casa da Sra. Plainemaison, a rua Grange-Bateliére, nº 18 e ali presenciou pela primeira vez o fenômeno das mesas girantes.
Mais tarde passou a freqüentar as sessões hebdomadárias na casa da família Baudin, então residente à rua Rochechouart.
Na casa do Sr. Baudin, através da médium Sra. Baudin, trava dialogo com o Espírito Zéfiro.
1856 – Freqüenta as sessões na casa do Sr. Roustan e senhorita Japhet na rua Tiquetone.
Em 25 de março, na casa do Sr. Baudin, através da médium Srta. Baudin toma conhecimento da existência do seu guia espiritual, cujo nome era "Verdade". Por esta época Rivail morava na rua des Martyrs, nº 8
Em 30 de abril, na casa do Sr. Roustan, através da médium Srta. Japhet, recebe a comunicação sobre a missão que teria de desempenhar.
Em 12 de junho na casa do Sr. Carlotti, através da médium Srta. Aline Carlotti, recebe a mensagem que se fracassar outro o substituirá.
1857 – Em 18 de abril é publicado a primeira edição de “O Livro dos Espíritos” contendo quinhentas e uma perguntas. No momento de publica-lo Rivail adotou o pseudônimo de Allan Kardec. O livro foi publicado pelo livreiro Edouar Henri Justin Dentu, com tiragem inicial de 1200 exemplares. (Palais Royal, Galérie d’Orleans, 13 – Paris)
1858 – Em 01 de janeiro saía à rua o primeiro número da “Revue Spirite”.
Em 01 de abril, Kardec fundava em Paris a “Sociéte Parisienne des Études Spirites”
1859 – Lançamento do livro “O que é o Espiritismo”
1860 – Lançamento da 2ª edição de “O Livro dos Espíritos”, com 1019 perguntas.
Kardec visita os espíritas de Lyon e Saint-Étienne
A Sociedade Espírita de Paris e a Revista Espírita passam a ter um novo endereço: rue Ste-Anne, Passage Ste-Anne, 59
1861 – Visita os espíritas de Lyon em setembro, visitando também as cidades de Sens e Mâcon.
Em Barcelona no dia 9 de outubro trezentos livros espíritas foram queimados, acontecimento denominado “Auto-de-Fé de Barcelona.
Em 15 de janeiro é publicado “O Livro dos Médiuns”
1862 – Os espíritas de Lyon e Bordéus convidam Kardec a visita-lo, que aceita com a condição que não houvesse banquete. “Não quero que minha visita seja motivo de despesas que poderiam impedir a presença de alguns, privando-me o prazer de vos ver a todos reunidos”, disse Allan Kardec.
Lançamento do livro “Viagem Espírita em 1862”
Em 15 de janeiro acontece o lançamento do livro “O Espiritismo na sua expressão mais simples”
1864 – Visita os espíritas de Bruxelas e Antuérpia.
Lançamento do livro “Imitação do Evangelho segundo o Espiritismo”
1865 – Lançamento da 2ª edição com o título “O Evangelho segundo o Espiritismo”
Em 01 de agosto é publicado o livro “O Céu e o Inferno”
Lançamento do livro “Coleção de Preces Espíritas”
1867 – Por ocasião do pentecostes, Kardec visitou a Sociedade Espírita de Bordéus.
Faz uma visita de rápida duração a Tours.
1868 – Lançamento do livro “A Gênese” em 6 de janeiro.
Faz o célebre discurso de abertura da sessão comemorativa do dia dos mortos, na Sociedade de Paris. O discurso foi publicado na Revista Espírita de dezembro de 1868.
1869 – Desencarnação de Allan Kardec em 31 de março, na Passage Ste-Anne, 59
Ao meio-dia de 2 de abril, Allan Kardec foi sepultado no Cemitério de Montmartre.
1870 – Em 29 de março, aconteceu a exumação dos despojos mortais de Allan Kardec, e sua transferência para o Cemitério de Père-Lachaise.
Em 31 de março, pelas duas horas da tarde, os espíritas inauguravam o monumento dolmênico levantado em memória a Allan Kardec, com a seguinte inscrição:
“NAÍTRE, MOURIR, RENAÍTRE ENCORE ET PROGRESSER SANS CESSE TELLE EST LA LOI”
REVISTA ESPÍRITA
SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPIRITA
1858 – A Revista Espírita é criada por Allan Kardec, situada na rua dos Mártires, 8. E em 01 de janeiro sai o primeiro número, tendo como gerente Pierre Gaétan Leymarie.
Em 01 de abril, Allan Kardec fundava em Paris a “Sociéte Parisienne des Études Spirites” (Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas), que funcionou inicialmente na galeria de Valois no Palais Royal.
1860 – A Revista Espírita e a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas são transferidas para a Passage Ste-Anne, 59.
1869 – Com a desencarnação de Allan Kardec em 31 de março, Pierre Gaétan Leymarie torna-se o Editor da Revista Espírita.
1870 / 1871 – Guerra Franco – Germânica - “La commune” .
1882 – Em 24 de dezembro P. G. Leymarie propõe a formação de uma assembléia geral para organizar a “Union Spirite Française” (União Espírita Francesa) e a criação de um jornal.
1883 – Em 15 de janeiro é criado o estatuto da União Espírita Francesa e o jornal “Le Spiritisme”.
1901 – Desencarna em 10 de abril P. G. Leymarie. A Sra. Marina Leymarie assume a direção da Revista Espírita até 1904.
1904 – Paul Leymarie assume a Revista Espírita até 1916.
1914 – 1918 – 1ª Guerra Mundial. A Revista Espírita tem sua publicação suspensa até 1916.
1917 – A Revista Espírita volta a ser publicada, tendo como proprietário Jean Meyer, sendo seu diretor até 1931. Até 1924 Paul Leymarie foi seu editor.
1918 – Jean Meyer funda a União Espírita Francesa, instalando-a em Paris na sua vila em Auteuil.
1919 – Jean Meyer transforma a União Espírita Francesa em Associação tendo como presidente Gabriel Delanne e como presidente de honra Léon Denis.
1923 – Jean Meyer compra o prédio nº 8 da rua Copernic, em Paris onde estabelece a sede da União Espírita Francesa. Este prédio ficou conhecido como a Maison des Spirites. (Casa dos Espíritos)
1925 – A Casa dos Espíritas sediou o Congresso Espírita Internacional com a participação de Léon Denis e Conan Doyle, tendo como vice-presidente Jean Meyer.
1926 – Desencarna Gabriel Delanne, primeiro presidente da União Espírita Francesa.
1927 – Desencarna Léon Denis presidente de honra da União Espírita Francesa.
1931 – Desencarna Jean Meyer em 13 de abril na sua vila Valrose, em Béziers – França. Seu amigo Hubert Forestier assume a direção da Revista Espírita até 1971.
1939 / 1945 – Segunda Guerra Mundial. A União Espírita Francesa interrompe suas atividades.
1968 – A Revue Spirite passa a ser propriedade de Hubert Forestier, que a registrou no Instituto Nacional de Proteção Industrial.
1971 – Desencarnação de Hubert Forestier. Seus herdeiros transferem os direitos da Revue Spirite para André Dumas.
1976 – André Dumas, anuncia o abandono do título da Revue Spirite e a incorpora numa publicação não espírita denominada “Renaître 2000”, e também que a União Espírita Francesa deixa de existir em abril para dar lugar a “Union Scientifique Francophone pour l’Investigation Psychique et l’Etude de la Survivance de l’Ame.
1977 – Em 20 de janeiro, o Presidente da Federação Espírita Brasileira, Francisco Thiesen escreveu ao Sr. André Dumas, para oficializar a proposta a quem de direito, no sentido de assumir a responsabilidade integral e definitiva pelo título e pela manutenção de “La Revue Spirite”. Proposta esta que foi recusada.
1985 – Criação da “Union Spirite Française et Francophone”, por Roger Perez.
André Dumas escreve a Roger Perez, que qualquer tentativa para adquirir os direitos sobre a Revue Spirite representa concorrência desleal.
1989 – A “Union Spirite Française et Francophone”, obtém em sentença judicial a recuperação do direito de utilização do título “Revue Spirite”, perante o Tribunal de Meaux, por não ter André Dumas renovado os direitos de propriedade do título da Revista em tempo hábil.
No 4º trimestre, sob o nº 1, ano 132, ressurge a “Revue Spirite”, após 12 anos de interrupção.
1997 – Desencarnação de André Duma
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